segunda-feira, 11 de outubro de 2010

A vida muda SIM em 24 horas...

Minha mãe sempre me dizia que as melhores coisas acontecem quando menos esperamos e depois de ontem eu vejo que ela está totalmente certa. Quer dizer, eu desperdicei um ano inteirinho da minha vida esperando por um cara e que no final das contas não valeu a pena. Se bem que, se for pensar pelo lado em que ele é o responsável por eu conhecer os caras que transformaram minha noite ontem, então totalmente valeu à pena esperar um ano por ele.
Ontem foi o festival de aniversário da cidade, todo ano é a mesma coisa. A cidade inteirinha se enche de festas, músicas e fogos de artifício, em cada praça uma música diferente como todos os anos. Mas ontem foi diferente, diferente porque desde o telefonema de fevereiro, eu idealizei aquele dia. Escolhi a dedo os lugares que iria, a roupa que eu usaria e um modo de despistar as minhas amigas.
E lá estava eu, cheia de sonhos, na praça do farol, empoleirada em cima de um murinho. Mal sabia eu que tudo seria diferente do que imaginei.
Acontece que, por mais que imaginemos uma coisa, por mais que planejemos essa coisa nunca acontecerá exatamente como esperamos. Sempre vem algo e "bagunça" com tudo.
Só que, pra a minha sorte, imensa sorte eu devo acrescentar, dessa vez foi um "inesperado" muito bom. Sabe aquele tipo de cara que você olha e pensa "é demais pro meu caminhãozinho, mas se eu pudesse faria duas viagens?". Pois é, então é exatamente assim que o Max é. E sabe aquele cara que você olha e pensa "oh lá em casa, eu faria misérias". Pois é, é assim que o Patrick é.
O Max e o Patrick são melhores amigos e parceiros do Yuri, o cara que me fez perder tempo, no time de futebol da cidade.
Quanto ao Yuri, bem, ele não apareceu, ao nosso encontro quero dizer. Na verdade ele apareceu sim, para uma ruiva do outro lado da rua e ver aquilo para mim foi quase como se eu tivesse caído do muro onde estava sentada e ido direto para o mar. Um verdadeiro banho de água fria. Eu comecei a me sentir mal, como se algo estivesse muito fora do lugar, senti uma louca vontade de sair correndo dali, e foi assim que eu encontrei o Max.
Ele estava parado encostado num carro bem longe, mas exatamente na minha direção com uma garrafa de vidro na mão e a estava bebendo de vez mesmo. Na outra mão dele eu pude notar que estava uma chave e só podia ser do carro. Eu não sei o que ele estava pensando, sério. Quer dizer, como é que ele bebe sabendo que terá que dirigir depois? Louco! Então eu fiz a única coisa que qualquer outra pessoa faria, fui em direção a ele pra saber se eu poderia ajudar, ou melhor, levá-lo até em casa, porque ele certamente não poderia ir sozinho. E pra minha surpresa, quando eu cheguei lá, o Patrick estava mandando ver dentro do carro com uma loira gostosona.
Eu confesso que fiquei sem graça, e teria saído dali o mais rápido possível se Max não tivesse puxado o meu braço.
"Ei, você não é a garota do Yuri?" ele perguntou com a voz rouca pela bebida
"Que Yuri? Não conheço" respondi com raiva e a cena da ruiva beijando ele na minha frente ainda estava entalada na minha garganta.
"Gostei de você" ele respondeu ainda meio grogue e me ofereceu a garrafa "Quer?"
“Não obrigada” falei olhando pra ele enquanto ele bebia ainda mais da garrafa. Eu olhei e a garrafa estava pela metade. “Quem irá dirigir?”
“Eu” ele respondeu dando um passo na minha direção e ele quase cai tropeçando nas próprias pernas. Ele estava tão perto que eu podia sentir todo o cheiro de bebida na minha cara. Não foi uma sensação boa.
“O Rick... Está traçando a minha ex” ele disse rindo histericamente e eu apenas fiquei olhando-o boquiaberta.
“Por que ele faria isso?”
“Pra me provar que...” ele parou rindo ainda mais. “Ela é uma puta” ele continuou rindo e bebendo ainda mais.
“Ok, chega. Me dê a garrafa” falei tomando a garrafa dele e então ele ficou espremendo o corpo dele contra o meu no carro. Quem olhasse de fora provavelmente pensaria que estávamos nos pegando o que eu só posso pensar “quem dera”, mas eu apenas queria pegar a garrafa.
"Me devolve" ele disse enrolando a língua para falar. Ele estava tão bêbado que chegava a ser um pouco patético, mas eu podia compreendê-lo.Talvez EU quisesse estar bêbada naquele momento.
"Não Max" eu respondi antes que ele se jogasse com tudo sobre mim e para não cair eu me agarrei a sua blusa.
"Então eu vou pegar" ele respondeu rindo.
Estava claro que ele não deveria beber mais nada no estado em que ele se encontrava, por isso fiz o que achava ser o melhor: derramei todo o liquido que restava da garrafa no asfalto.
"Droga, olha o que você fez?" ele gritou comigo.
“Olha o que eu fiz” repeti em deboche e eu sabia que ele não iria entender. Se ele nunca entendia quando estava sóbrio, imagine bêbado. “Você vai apenas ficar aqui vendo o Patrick, errr... Com sua ex?” perguntei já que ele estava com a cabeça encostada no vidro vendo tudo. Mas nem era preciso forçar a visão, os ruídos que ela fazia eram bem... Nítidos.
“Eles estão no meu carro, não tenho como ir pra casa” ele disse embolando a língua e rindo.
“Seu melhor amigo está com a sua ex e você ri?” perguntei cética.
“Na verdade ela é minha ex agora, porque quando ele começou a pegar ela ainda era minha namorada” ele falou rindo. Tudo bem que ele estava bêbado, mas mesmo assim!
Eu não sabia o que fazer naquela situação. Talvez ele estivesse rindo de nervoso eu realmente não sei. O Yuri e a ruiva ainda não saíam da minha mente e agora eu encontrei alguém em uma situação pior do que a minha! Decidi que faria alguma coisa para ajudar, qualquer coisa.
"Vem, o que você acha de um pouco de água?" perguntei tentando controlar a minha voz.
"Só se for a que passarinho não bebe" ele ria da própria piada sem graça.
Sorri e puxei ele pela mão, ele se apoiou em mim e me seguiu quase como um garotinho obediente.
"Você é cheirosa" ele sussurrou no meu ouvido com a voz rouca e depois gargalhou. Bêbados. Parei em uma barraquinha e comprei água e um pedaço de torta. Nada melhor do que açúcar, água e café forte para bêbados desengonçados. Quem visse a cena não acreditaria, eu e um Max caindo de bêbado, sentados numa barraquinha e comendo torta como se fossemos velhos amigos.
Amigos... É engraçado pensar nessa palavra vendo a situação em que me encontro. Eu nunca sequer imaginei que algum dia eu teria o corpo do Maxxie tão perto do meu. E voa lá, aqui estamos. Eu não sei se é porque eu estava muito puta com o Yuri e queria dá o troco, ou se era porque eu estava muito carente, a única coisa que eu sei é que eu só tinha um pensamento “qual será a sensação de beijar esses lábios carnudos e vermelhos dele?”.
De certa forma é errado, e eu afinal das contas, nunca teria “naipe” pra pegar um cara como o Maxxie. Ele é lindo demais, gostoso demais, tudo demais que alguém pode imaginar e querer.
“Hei” falei rindo. “Sua boca ta suja aqui” eu estendi minha mão pra alcançar a boca dele no local onde tinha uma sujeirinha. Pra minha surpresa ele segurou a minha mão e levou ela até seus lábios e a beijou.
Eu fiquei sem reação. E devo ter feito alguma expressão engraçada porque ele sorriu.
"Obrigada"ele disse com a voz não tão enrolada."Sabe,você é uma garota legal". E naquele momento eu realmente agradeci ao álcool, se não fosse essa maravilhosa invenção aquela cena não teria acontecido.
"Você está muito bêbado Max" eu respondi rindo.
Ele ficou sério por alguns instantes antes de falar.
"Estou bêbado, mas não idiota. Sabe... Um cara como o Yuri não merece uma garota como você" a voz dele saiu incrivelmente rouca.
"Por quê?" eu perguntei. Mas não houve resposta, ele apenas me beijou. Ou talvez eu tenha beijado ele.
“Isso, hum, foi, hum, inesperado” ele disse rindo. “Eu gosto do inesperado”.
“Se forem todas as vezes como essa, então eu também gosto do inesperado”
“Olha, eu não vou mentir. Provavelmente não lembrarei de nada disso amanhã, mas se você quiser ir comigo pra minha casa mesmo assim, eu ficaria realmente feliz” e eu apenas o fiquei encarando. Oie?! Isso estava mesmo acontecendo COMIGO? Era esse o segredo pra ele ficar comigo? Estar bêbado?
“Eu... Não sei se isso é uma boa ideia, Max. Eu não tenho carro, como irei voltar pra casa depois? Moro longe de você, e já está bastante tarde” falei me esforçando ao máximo pra não dizer logo de cara “sim, lógico que eu quero!” porque eu queria mais do que qualquer outra coisa eu queria me enviar debaixo dos lençóis dele.
“Ué, dorme comigo. Você dorme lá em casa, o Patrick não vai incomodar” ele tentou sorrir em flerte, só que ele estava bêbado demais pra conseguir flertar decentemente.
“Eu não...” ele me interrompeu.
"Vamos, eu prometo que vai se bom, vou cuidar de você" a voz dele estava ainda rouca e seu rosto a milímetros do meu.
"Acho que será o contrario" tentei amenizar a tensão. Era loucura, eu sei. Mas o que eu perderia? Aquilo era um evento solto no espaço, um acontecimento em mil. Minhas amigas vivem dizendo que eu não aproveito as minhas oportunidades, dessa vez eu aproveitaria.
Então eu apenas o deixei me guiar de volta para o carro e que pra a minha surpresa, só tinha o Patrick dentro dele. Ele estava deitado no banco de trás segurando uma latinha de Skol na mão e sorria meio apatetado.
“Hei, acorda” a Max o chamou com sua voz grogue.
“Tô acordado man, to acordado” e então ele abriu os olhos e quando viu que eu estava ao lado do Max seus olhos arregalaram. Eu sorri sem graça e acenei. Eu conhecia bem aquela expressão. Se eu tivesse no lugar dele é o que eu pensaria também “o que ELA faz com ELE?”, eu sei que simplesmente não faz sentido. “Por que a namorada do Yuri ta segurando a chave do seu carro, man?”
“Porque ela irá dirigir. Ela disse que eu to bêbado cara, então é mais seguro deixar isso com ela” o Max respondeu ainda rindo feito um idiota e tudo bem ele rir assim, só o fazia parecer ainda mais bonito.
"Tudo bem então namorada do Yuri, nos leve para onde quiser" Patrick disse com um ar sonhador. Olhei para as chaves em minhas mãos e respirei fundo. É só girar, pisar do acelerador, passar as marchas, soltar o freio devagar... Tudo bem, eu iria conseguir. Dirigir não é o meu forte, e para falar a verdade eu ainda nem tinha a carteira de motorista, estava só esperando o resultado dos testes.
Mas o que eu ia fazer? Deixar aqueles dois bêbados com um carro na mão realmente não me parecia à melhor coisa.
"Você é até que é bem bonita" o Patrick falou sem nem olhar para mim, concentrado na latinha de cerveja que ele estava girando. É aquele era um dia fora do comum, sem dúvida. Sentir minhas bochechas corarem com o comentário.
"Você deixou ela vermelha Rick" o Max falou rindo. Afundei um pouco no banco.
"Qual é mesmo o seu nome?" Patrick me perguntou.
Eu não sei por que eu esperava que eles soubessem meu nome. Lógico que ele não iria saber me surpreendia até que lembrassem da minha cara.
“Larissa” respondi enquanto tentava não me distrair da direção.
“Larissa... O mesmo nome da minha irmã” o Max disse rindo. “Só que você é mais gostosa sabe” ele riu ainda mais.
“Hum, obrigada” falei sem jeito. Isso estava mesmo acontecendo? O Patrick dizendo que EU sou BONITA e o MAXXIE me chamando de GOSTOSA? Eu tenho quase certeza de que isso é um sonho. Só sei que não é, porque se fosse, eu já estaria com a língua na garganta de um deles dois.
“Você tem namorado, namorada do Yuri?” o Max perguntou claramente sem pensar no que estava perguntando. Eu ri. Ainda mais porque ele estava com uma cara fofa de confuso.
"Não Max" resolvi responder por fim e ele sorriu.
Dei partida no carro e cruzei a avenida principal tentando driblar o aglomerado de pessoas atravessando fora das faixas.
"E o Yuri?" Patrick perguntou com uma cara de confuso ainda olhando para a cerveja.
"Não faço a menor idéia" respondi enquanto virava a esquerda.
"Melhor para nós não é Patrick?" Max perguntou com uma cara um tanto maliciosa.
"Com certeza. Man, a cerveja acabou"ouvi a voz de Patrick no fundo. E naquele momento me perguntei se eu tinha usado algum tipo de alucinógeno, porque com certeza eu deveria estar em algum tipo de dimensão paralela. Eu num carro com o Patrick e o Max, recebendo flertes de ambos? Santa festa de aniversário da cidade.
"Onde eu devo deixar vocês?" perguntei depois de conseguir me afastar do centro da festa.
“Não sei se você sabe, mas nós dividimos um apê perto do centro da cidade. Sabe aquela hiper loja de brinquedos? Então, moramos ali em frente” o Patrick respondeu e ia me guiando até chegarmos no apartamento deles onde por fim eu pude desligar o carro.
“Chegamos” falei e não houve resposta. Quando eu olhei para o Max ele estava brincando com sua corrente feito uma criancinha feliz. Eu sorri. Céus, até bêbado ele consegue parecer um deus. Seus cabelos estavam completamente bagunçados o que deu um ar legal no visual dele. Ele estava vestindo uma daquelas camisas brancas de botão e ela estava meio aberta e eu podia ver seu peitoral malhado e sem nenhum pêlo. Havia tanta pele exposta nele que eu não consegui evitar ficar olhando e sonhando um pouquinho com jogar meu corpo em cima dele e começar a beijá-lo, depois beijar seu pescoço e...
“Como você vai pra casa?” o Patrick falou levantando e olhando bem pra mim. Eu apenas desviei o olhar do dele pra responder.
“O Maxxie disse que eu posso dormir aqui” falei sem graça. Eu não sabia que eles moravam juntos. Será que o Patrick veria algum problema nisso? Porque ao contrario do Max, o Patrick estava sóbrio.
“Até mesmo bêbado ele tem idéias brilhantes! Não é a toa que ele é o capitão do time...” o Patrick falou olhando para o Max e sorriu. “Vamos entrar então” ele disse saindo do carro pra abrir a porta pro Max e então carregá-lo escadas acima.
Subimos até o quinto andar, que era onde os dois moravam. Esperei pacientemente enquanto Max tentava encontrar as chaves de casa em algum dos bolsos de sua bermuda. Por fim, o Patrick o ajudou e entramos. O apartamento era realmente como eu esperava, bagunçado. Havia peças de roupa espalhadas pelo sofá, em cima da mesa, algumas pelo chão e havia alguns papeis jogados em um canto também. Cds espalhados, revistas, um violão encostado em uma poltrona, uma prancha de surfe em outro canto e até um play station. Notei que eles tinham um bar também, perto da mesa de jantar.
O apartamento era pequeno, duas suítes, uma sala com cozinha americana e só. Mas tirando a bagunça evidente, era até agradável, com fotos deles e de um monte de gente que eu não conhecia espalhadas numa estante.
Me senti um tanto deslocada e agora que eu já estava ali não sabia bem o que fazer ou como me comportar.
"Que tal um café forte para você Max?" o Patrick perguntou aliviando a tensão no ar e carregou o amigo com a minha ajuda até a cozinha.
"Eu posso fazer o café se você preferir Patrick" me ofereci.
"Ok, linda. Até porque o meu café é uma merda, mas pode me chamar de Rick, é como todos me chamam" eu sorri.
“Certo, Rick” sorri em flerte pra ele. Já que eles dois estão dando em cima de mim, eu irei dar também. Não vou ficar mais me segurando não. Eu quero muito isso então que se foda o Yuri. Aquele imbecil com aquela ruiva sebosa! Os amiguinhos dele na verdade são bem melhores que ele e eu vou pegar pelo ao menos um deles! O Max ta mais fácil porque ele está bêbado. Até me beijar ele já beijou, é só questão de tempo até conseguirmos ir além, só que... Como eu posso me livrar do Rick?
“Então você faz o café, enquanto eu tomo um banho. Certo? O Max vai ficar aqui no sofá mesmo, ele está inofensivo hoje” ele sorriu me olhando com malicia.
“E você?” sorri maliciosa também. “Inofensivo?” e ele apenas me olhou surpreso e saiu rindo balançando a cabeça. Será que ele não tinha levado meus flertes a sério?
Vasculhei os armários da cozinha procurando o pó de café enquanto pensava o quão sortuda eu era. Vez ou outra Max falava algo sem sentido do sofá me distraindo. Eu estava tão avoada que nem percebi quando coloquei a mão na gaveta errada e acabei me cortando com uma faca de serra "Droga" eu gritei de impulso. O corte foi superficial na palma da minha mão, mas estava ardendo muito.
Max se levantou assustado e ao olhar para o sangue na minha mão, ele gritou "Rick, vem cá. Ela se cortou"
"Não é nada, Max... Eu vou dar um jeito nisso..." eu tentei acalmar ele, mas fui interrompida por uma visão do paraíso.
Patrick veio correndo para sala com uma cara assustada. Perdi o fôlego ao examinar a cena. Patrick com os cabelos ainda molhados do banho pingando água pelo seu peitoral e ombros trajando apenas uma toalha preta.
“Não foi nada gente, é sério. Eu estou bem. Fui apenas descuidada, estou Ok. Não há motivos pra se preocupar. Rick... Você ainda tem sabão na sua orelha” eu disse rindo. Ele apenas ignorou o que eu disse e pegou minha mão a examinando.
“É, você deu sorte. Não foi profundo. Max, faça um curativo nela. Acha que consegue, man?” ele perguntou para o Max que apenas acenou com a cabeça e veio segurando uma caixa aparentemente cheia desse tipo de coisa e começou a fazer um curativo na minha mão. “Vou terminar meu banho” o Patrick nos deu as costas infelizmentemente acabando com minha visão perfeita. Só que, a visão traseira dele era tão agradável quanto a frontal. As costas dele são realmente bem definidas e seus ombros são largos e fortes.
“Prontinho, senhorita. Cuidado da próxima vez” ele falou me encarando sério.
“Irei. Obrigada Maxxie” sorri pra ele e então fui me levantando pra terminar de fazer o café.
“Não...” ele disse me puxando e sem querer eu acabei caindo sentada no colo dele.
"Max... O café... Fazer..." eu tentei juntar as palavras em alguma frase com nexo, mas não obtive êxito.
"Fica aqui" a voz rouca de Max fez um arrepio percorrer meu corpo. Eu queria aquilo, queria ficar ali, mas não achava seguro estar no colo do Max ali na sala de estar deles.
"Max... Eu..." tentei novamente procurar alguma coisa para falar, mas ele aproximou o rosto do meu e ficamos algum tempo ali.
Os braços dele envolviam minha cintura não me deixando escapar, enquanto ainda olhava direto nos meus olhos. Os sinais da bebedeira estavam tão bem disfarçados que eu nem lembrei o quão bêbado ele estava. Eu estava tão perto que podia jurar que ele ouvia meu coração frenético num verdadeiro surto de adrenalina.
Com a mão direita ele afastou meu cabelo e me deu um beijo casto no pescoço. Eu poderia dizer que tentei resistir, mas seria uma mentira deslavada. Eu realmente estava adorando aquilo, toda a sensação.
Ele deu mais um, e mais um, e mais alguns vários beijos no meu pescoço, indo até o lóbulo da minha orelha e voltando para o maxilar. Minhas mãos já estavam agarradas em seu cabelo quando finalmente ele me beijou.
"Opa" ouvi uma voz distante e aos poucos Max me soltou. Droga, era o Patrick.
“Interrompo?” ele perguntou com uma expressão séria, mas sua voz era de quem SABIA que estava sim interrompendo. Ele deve saber que eu estava tirando uma lasquinha do estado do Maxxie o que vendo assim é até errado, mas poxa, eu não poderia deixar passar. Eu sei que ele não ficaria comigo quando estivesse sóbrio.
“Não” eu disse me levantando do colo do Max.
“Sim” o Max disse me puxando de volta para o colo dele. Algo que, me surpreendeu totalmente. Quando eu olhei para o Patrick ele ainda estava de toalha. Gostoso, gostoso demais. “êpa, Larissa, vai com calma, você não pode ficar com o Max querendo o Patrick também” eu pensei com meus botões.
“Max, você deve estar fedendo. Por que não vai tomar um banho hein? Depois você volta e fica fazendo companhia pra Larissa” o Patrick falou numa voz tão mandona, calma e confiante que nem eu ousaria desobedecer. Eu saí devagar do colo do Maxxie e fiquei olhando ele deixar a sala.
“Então... Finalmente sós” o Patrick falou me olhando com malicia.
Eu afundei no banquinho da cozinha. De verdade, as minhas pernas fraquejaram e eu literalmente caí para traz. Aquilo estava mesmo caindo acontecendo? Ri de nervoso.
"Então Larissa..." o Patrick foi se aproximando cada vez mais enquanto eu inconscientemente me encolhia no banquinho. "Gostou do apartamento?"
Respirei aliviada, era apenas uma conversa simpática, nada com segundas intenções, sorri.
"Claro, o apartamento é bem..." não pude evitar mais um olhar rápido para ele " gostoso... Hum... Quero dizer... Bastante agradável, embora vocês tenham feito uma bagunça e tanto aqui não é?" sorri sem graça. Ele riu.
"Apartamento de homem neh? Sempre dizem que nós somos bagunceiros, talvez seja verdade" ele deu de ombros.
"Acho que sim" Eu ri.
Ele se aproximou um pouco mais e sentou ao meu lado em outro banquinho.
"Mas você ainda não conheceu o apartamento todo, faltam os quartos " ele sorriu sacana. Ops. Enguli em seco.
"Acho que eu vou terminar de fazer o café" falei me levantando do banco.
Oh meu deus! Por que ele está fazendo isso comigo? Por que ele não me deixa em paz? O Maxxie já deixou claro que quer ficar comigo né? Será que não basta pra ele pegar a namorada do Maxxie ele ainda quer também a “paquera” dele? Céus, esse cara não presta.
“O Maxxie deve estar totalmente baquiado. A essa altura já desmaiou na cama” ele disse rindo.
“Você não o mandou tomar banho? Ele pode ter se machucado então?” perguntei preocupada.
“Eu sempre mando. Ele sempre vai pra cama e desmaia lá. Não é nada demais. Amanhã ele estará novinho em folha” ele deu de ombros novamente.
“Errr... Certo e onde eu irei dormir? Porque bem, ele disse que eu poderia dormir aqui. Só me arranjar uns lençóis que eu me ajeito no sofá” falei rápido demais e nervosa. Eu podia sentir minhas pernas bambas e eu tremer de leve.
“Dormir no sofá? Eu... Tenho uma sugestão melhor” ele sorriu malicioso e veio caminhando na minha direção e eu então decidi “que se foda” eu não iria me prender mais por causa de ninguém.
O Patrick chegou por trás e jogou todo o meu cabelo para um lado tirando-o da frente do meu pescoço e começou a dar vários beijos de leve enquanto suas mãos estavam na minha cintura me segurando fazendo-me sentir seu estado alterado. Eu sorri e então girei ficando de frente pra ele.
“Tem certeza disso?” perguntei meio insegura.
“Tenho. Nunca entendi na verdade o porque você ficava com o Yuri, você é demais pra ele. Só se você sofre de baixa auto-estima” e então ele me beijou. E ao contrario do Maxxie que malmente conseguia se sustentar em pé o Patrick conseguia e muito bem. Ele pegou com as duas mãos na minha bunda e me levantou de modo que eu cruzasse minhas pernas na sua cintura e assim acabou me levando para o seu quarto.
O quarto de Rick era mais organizado do que a sala, pude notar. E também quase não tinha mobília, apenas um armário, uma cama gigantesca e uma mesinha com computador. Ele me colocou com um certo cuidado sobre a cama, mas não parou de beijar um só segundo.
"Você é tão linda" ele murmurou entre um beijo e outro. Eu já nem entendia mais o que estava fazendo, apenas que era bom, muito bom.
Ele se ajeitou na cabeceira da cama e me puxou para o seu colo. O beijo dele era quente, urgente, avassalador. E logo ele intensificou seu abraço na minha cintura me puxando com cada vez mais força para perto dele. Minhas mãos passeavam pelo peitoral dele enquanto as deles já puxavam minha camiseta.
"Sabe... Eu aqui só de toalha e você toda vestida, estou em desvantagem" ele sorriu sacana. Eu ri com vontade, mas ambos paramos quando ouvimos um estalido da porta.
"Ah... Olha vocês aqui" Max disse com naturalidade "Começaram a festa sem mim". Empalideci.
“Mas o que diabos...? Max, meu deus! Você não deveria estar apagado na sua cama?” o Patrick falou chateado. Ele claramente não gostou da interrupção.
“E você não deveria ser capaz de se conter mantendo suas mãos e todo o resto LONGE da mulher que eu to pegando?” o Maxxie também estava claramente chateado apesar de meio grogue e bêbado.
“Hei, calminha os dois... Tem pra todo mundo” eu falei e me arrependi assim que as pronunciei. O Patrick me olhou surpreso e o Max começou a rir novamente. “Não... Não é isso que vocês estão pensando... Eu...” e eu não consegui terminar meu raciocínio porque o Patrick que estava sentado na cama virou meu rosto pra ele e me beijou. Antes que eu me desse conta do que estava rolando eu senti alguém, no caso o Max, beijando minhas batatas da perna, depois meu joelho, depois minhas coxas, até chegar na minha virilha. A essa altura eu claramente já estava “animada”.
Os beijos do Rick continuavam mais urgentes e então ele finalmente tirou minha camiseta e beijava meu pescoço enquanto suas mãos estavam nos meus seios e enquanto o Maxxie... Oh meu deus, o Maxxie! Enquanto o Maxxie estava com a cabeça entre minhas pernas, com a boca nas minhas partes intimas me levando a loucura. Céus, ele era bom nisso... Muito, muito bom!
Se tivessem me contado que eu estaria no tão esperado dia do aniversário da cidade na cama com o Rick e o Maxxie eu com certeza teria tido que a pessoa era uma maluca completa. E veja como a vida é engraçada, aquilo estava mesmo acontecendo. Parei um pouco para pensar, idealizei durante quase um ano passar aquela noite vendo os fogos de artifício na praça do farol com um completo idiota, o Yuri.
A realidade às vezes pode ser tão melhor que o sonho. O meu corpo estava realmente em chamas. E quando eu percebi estava apertada entre Max, ainda em minhas pernas e o Rick beijando minhas costas descendo até a base do meu short e abrindo o fecho do meu sutiã. Parei de pensar, não conseguiria mais. Meu coração disparou, era loucura tudo aquilo, mais uma loucura imensamente deliciosa.
Eu deslizei meus dedos entre os cabelos loiros e sedosos do Max e o puxei pra cima. Ele me deu seu belo sorriso e veio me beijando e subindo aos poucos por todo o meu corpo enquanto o Rick olhava de forma estranha. O Max então se afastou do meu corpo e ficou em pé exatamente na minha frente e eu olhei para cima, olhei pra ele e sorri maliciosa e comecei a beijar sua barriga e fui descendo aos poucos até chegar onde ele certamente queria que minha boca estivesse. Enquanto eu fazia isso o Rick levantou e foi até o banheiro e voltou de lá com algumas camisinhas na mão.
“Hei man, usa isso ao menos” ele jogou uma delas para o Max que apenas fez uma carranca.
“Não gosto de fazer isso com isso” ele olhou pra mim e depois para a camisinha.
“Problema seu, põe logo essa porra” o Rick falou mal-humorado e me puxou pra ele enquanto o Maxxie abria o pacote da camisinha.
Os lábios do Rick não eram tão carnudos quanto os do Max, mas eram sem dúvidas tão gostosos quanto e talvez até mais habilidosos. A essa altura eu já estava completamente despida e o Rick continuava com a sua toalha envolta na cintura. Antes dele jogar seu corpo contra o meu eu retirei a toalha e ele me beijou ainda mais empolgado do que antes.
Com ele em cima de mim ele totalmente excluía o Maxxie de participar de alguma coisa. Pelo visto ele não estava curtindo nenhum pouco ter que “dividir”. Isso era meio engraçado se você parar pra pensar.
Maxxie também parecia ter percebido isso, assim começou a beijar as minhas costas e acariciar as minhas coxas tentando me virar para ele. Tive que parar um pouco para pegar fôlego e lembrar-me de respirar. Max me puxou para ele e me virou de lado na cama. Então estava eu, deitada entre o Rick e o Maxxie enquanto ambos me beijavam, a nuca e os lábios. Uma loucura!

Enquanto Maxxie era mais delicado e cuidadoso como se quisesse saborear o momento, Rick atrás de mim era um tanto, digamos que assim, urgente e selvagem. Me esforcei para tirar o resto das roupas de Maxxie e logo estávamos os três nus.
E a partir daí você certamente pode concluir o resto. Eu prefiro não terminar de narrar tudo o que rolou com exatos detalhes, porque esse arquivo pode cair em mãos erradas, como por exemplo, o Yuri. E yeah, agora que eu parei pra pensar nele... Bem, foi a melhor noite de toda a minha vida essa com 2 dos melhores amigos dele. Depois que “acabamos” tudo o que eu conseguia pensar era “e se o Yuri ficasse sabendo? Eu queria que ele soubesse” e nem foi preciso muito esforço pra esse desejo se realizar, porque acabamos adormecendo os três, eu, o Max e o Rick na mesma cama e juntos. Adivinha só quem foi que nos acordou? Exatamente!
Nós três acordamos com os berros do Yuri há exatamente seis horas da manhã dizendo “O que porra está acontecendo aqui?”.
Acordei zonza e extremamente cansada naquela manhã. E tal foi minha surpresa quando notei que quem estava gritando era o Yuri. As minhas pernas estavam enroscadas com as do Maxxie e minhas mãos entrelaçadas com as do Rick. Uma parte de mim estava realmente gostando de tudo aquilo, inclusive do escândalo do Yuri. Não era realmente o correto, mas depois de um ano de promessas e traições do Yuri, aquela cena caíra como uma luva. Outra parte de mim estava realmente desconcertada ao ser pega com dois garotos numa cama, então eu puxei o lençol para perto do meu corpo.
O Rick logo acordou também e tentou acalmar o Yuri ao mesmo tempo que tentava me proteger, me cobrindo com o próprio corpo
"Ei man, pára com isso. Não grita na minha casa"o Rick disse.
No meio da confusão tentei acordar o Maxxie, o que só piorou a situação, já que ele acordara com uma puta ressaca e soltou logo a frase "Me deixa dormir linda, você me cansou muito essa noite".
Afundei um pouco mais nos lençóis e a essa altura já estava corada, mas percebi que eu não era a única vermelha. O Yuri também estava, mas a coloração dele era visivelmente por raiva. Esse pensamento fez brotar em meus lábios um sorriso.
“Ela te cansou?! Que porra é que você quer dizer com isso Maximilian?” o Yuri falou aos berros e então o Maxxie olhou pra ele e arregalou os olhos assim que viu quem era e apenas soltou um “ê porra” o que me fez rir. Todos os três apenas decidiram me ignorar o que eu agradeci.
“Yuri cara, você nos disse que ela não era sua namorada, então por que o drama? Você até nos disse que achava que ela pensava que estava namorando com você e que você não queria isso, que você queria ser livre e noite passada eu até te deixei ficar com a Lili, minha prima velho. Você pega uma ruiva gostosa por minha causa e ainda vem me acordar as seis da manhã aos berros?” o Rick falou calmamente. Eu apenas o fiquei encarando sem saber o que pensar ou dizer. A ruiva tinha sido culpa dele? Não, claro que não, ele apenas ajudou o Yuri a fazer o que ele queria, a culpa é do Yuri.
“Cara, não me culpe se você é idiota, Ok? Agora vai se fuder e me deixa dormir” o Max falou fazendo uma careta ainda grogue. Engraçado foi que ele tinha sentado pra falar e quando ele voltou a deitar ele deitou a cabeça entre meus seios e sorriu entrelaçando a mão dele com a minha.
“Vai se fuder? Vai se fuder você! Seu filho da puta! Saia AGORA de cima da MINHA garota” o Yuri falou sendo altamente dramático e possessivo e eu altamente gostei. Gostei e muito. Melhor ainda do que isso foi a resposta do Maxxie “perdeu playboy, ela ta comigo agora”.
Eu apenas olhei para o Rick pedindo uma ajuda e ele olhou enfezado para o Maxxie.
“Ela ta com você? Ela ta com a gente, ela estava comigo ontem e você interrompeu, eu fiz a bondade de te deixar tirar uma casquinha!” o Rick disse mal-humorado.
“Não Rick, ela ta comigo. Agora vocês dois me deixem dormir, eu to com sono, to tão cansado... Você é realmente quente baby, gostei” ele piscou pra mim e afundou a cabeça entre meu corpo e os travesseiros.
Eu pisquei algumas vezes antes de captar tudo aquilo. Os três estavam praticamente brigando por mim? Aquilo era demais para a minha pobre cabeça.
"Meninos me dêem licença" eu disse antes de caminhar até o banheiro e parei no meio do caminho para recolher a minha camiseta e entrei no banheiro.
"Pode usar essa toalha vermelha, Lari" Rick gritou.
Eu ainda podia ouvir os três discutindo no quarto, mas resolvi me desligar um pouco em um banho relaxante.
"Vocês não podiam ter feito isso com ela e comigo" ouvi Yuri gritar.
"Não fizemos nada com você e o que fizemos com ela posso garantir que ela gostou" ouvi o Maxxie responder de volta.
Ri sozinha no banho enquanto deixava a água cair no meu corpo e me lembrava dos momentos na noite anterior.
Quando finalmente saiu o quarto estava vazio. Fui até a sala e percebi que só estavam Maxxie e Rick. Aparentemente o Yuri tinha ido embora.
"Acho que precisamos conversar" o Rick disse um pouco sério, mas ainda com um sorriso enviesado no canto dos lábios.
“Na verdade não” respondi pegando minhas roupas e me vestindo. Eu não sei o que eles viam que nós tínhamos que conversar, não sei se eles achavam que me deviam algo ou algo assim, mas eu sinceramente.
“Como?” o Maxxie agora não estava mais com uma cara de sono. Na verdade ele parecia muito bem acordado.
“É isso aí, Maxxie. Olha, a noite passado foi muito boa, muito mesmo. Agradeço de verdade, me diverti bastante, vocês foram incríveis. Mas...” antes que eu pudesse terminar o Rick me olhou com uma cara de confusão.
“Você ta dando um fora na gente?” ele indicou ele e o Max que agora estava com a mesma expressão do Rick.
“Hei! Ninguém nunca me deu um fora antes!” o Max falou em protesto e com uma careta. Ele parecia extremamente confuso e chateado. Imagino que ninguém tenha dado um fora nele. Quem seria LOUCA de desperdiçar um pedaço de mau caminho desses?
“Nem em mim, man. Nem em mim” o Rick disse olhando pra o Maxxie. Eu não respondi nada apenas continuei me arrumando. Fui até o espelho que ficava na porta do guarda-roupas dele pra passar a minha maquiagem e pude ver através do espelhos que os dois estavam tendo algum tipo de conversa silenciosa de modo que eu não pudesse ouvir. Quando eu terminei apenas olhei pra eles. O Maxxie estava sentado na cama me olhando enquanto o Rick estava encostado na parede com os braços cruzados também me olhando.
“Hum, certo. Isso ta estranho. Eu não sei o que vai acontecer daqui pra frente porque eu não sou vidente, mas será que poderíamos fingir que isso nunca aconteceu?” perguntei com uma segurança que nunca imaginei que eu fosse capaz de ter. Era esse o efeito de dormir com caras lindos e gostosos desse jeito? Eu me sentia poderosa. Sem dúvidas! Me sentia como se... Eu pudesse fazer qualquer coisa que eu quisesse e pudesse ter qualquer cara também.
Os dois apenas continuaram a me olhar como se eu estivesse louca por dispensá-los e talvez eu estivesse mesmo. Apesar de que eu não estava exatamente os dispensando.
“Eu só não entendi uma coisa... Por que motivos você dispensaria caras como eu e o Maxxie? Tudo bem escolher entre um, mas por que dispensar os dois?” o Rick falou engrossando a voz de certa forma e eu ri. O sol estava entrando pela janela e batendo no cabelo negro dele dando uma luz até legal e fazendo com que seus olhos ficassem ainda mais azuis.
“Aiai Rick” eu disse sorrindo pra ele. Eu fui até ele e lhe dei um selinho demorado.
“Nem tudo tem a vê com vocês, sabe? Beleza é importante, mas não é tudo. Existe algo chamado... Sentimentos” eu falei suspirando. Eu não fazia ideia de onde essas palavras estavam vindo, elas apenas vinham. E talvez, muito provavelmente, eu iria me amaldiçoar mais tarde por estar sendo tão estúpida, porem por hora, eu sentia que era o melhor a fazer.
“Eu posso conquistar você” o Maxxie falou com a voz mais firme que eu já o vi usar. Acho que não preciso acrescentar que isso o deixou ainda mais sexy. Eu olhei pra ele e ri. Não dele é lógico e sim da situação.
“Você pode tentar, Maxxie. Você pode tentar” falei de uma forma nenhum pouco encorajadora.
“Eu não sou de correr atrás de mulher nenhuma, nunca precisei e nem irei” o Rick falou em deboche me olhando com certo rancor.
“Bom pra você, Patrick. Não irá perder seu tempo. Eu não me apaixono fácil” dei de ombros. Olhei mais uma vez para o Maxxie e meu deus, ele é o cara mais lindo que eu já vi na minha vida. Seu corpo parece que foi esculpido por anjos, perfeito. E melhor ainda, se encaixa perfeitamente no meu. É, talvez melhores coisas virão.
“Bom pra mim, não quero competição” o Maxxie o olhou sério e depois virou pra mim. “Eu sei que estava bêbado, estou com uma puta ressaca e dor de cabeça, ainda estou meio grogue e idiota, mas... O Yuri não merece você. Sabe, você é mais do que ele pode lidar” ele disse dando um beijo na minha mão.
“Talvez” dei de ombros e fui embora sem olhar pra trás.


By: Me & Bruna Lapa =D