domingo, 27 de novembro de 2011

O... Amódio?!

Um dia o amor disse pro ódio: Por que me odeias tanto?
E o ódio respondeu: Porque um dia te amei demais


Tem gente que acha que isso não é verdade. É aquela onda, só passando pra saber como é. EU passei por isso e sei exatamente como é. É o que eu estou sentindo agora pra dizer a verdade. É engraçado pensar em como o mundo gira. Num dia você ama uma pessoa mais do que tudo, ela é praticamente a sua razão de viver e de fazer tudo e no outro, você a odeia e despreza e eu sinceramente fico a pensar o que é pior, se o ódio ou o desprezo ou se eles simplesmente se complementam, se são intrínsecos.
Ou se eles são apenas uma forma de camuflar algo mais. O desprezo e o descaso se fingidos, o que representariam?! Certamente não o que são. O amor indesejado é o sentimento mais corrosivo que tem. Porque você não sabe o que fazer com ele, então você o modifica, modifica até ele se tornar um veneno altamente corrosivo. Pra você e pra quem tal “amor” seja direcionado. É algo que me parece um caminho sem volta. O que se destruiu nunca mais será o mesmo, porque nada pode voltar a ser como era antes, nada. E se fosse bom o suficiente antes, não teria acontecido de se desejar o “voltar atrás” porque o que aconteceu foi uma conseqüência do “bom” utópico de antes.
Sentimentos são coisas engraçadas. Ao mesmo tempo que são, não são. Acabam sendo iguais na diferença, diferentes na igualdade e na singularidade falsa, não existente. Se fosse realmente único, como haveria nós de nomeá-los?!
Talvez o amor e tudo envolta em torno dele seja as lendas, mitos, o que for, dos adultos. Assim como o papai Noel, a fada do dente, o coelhinho da páscoa entre outros pras crianças.
Não me parece tão diferente assim do papai Noel de fato. O amor é algo que sempre ouvimos todos falarem de forma tão bonita e animada e bela, pois ele só é feio na ausência. Assim como o papai Noel só não é legal se ele não vier nos presentear ano após ano. Só que, tem gente que o papai Noel passa na “casa” todos os anos, outros, ano sim, ano não, outros que nunca sequer saborearam essa felicidade, sempre ficou como uma história inverídica.
Creio que assim seja o amor. Existem pessoas que dizem conhecê-lo todos os anos, ano após ano lá está a pessoa que sempre tem alguém pra amar e chamar de amor, outros que conheceram ou vão conhecer, outros que isso não passa de uma ilusão, história pra adulto dormir.
Afinal, existem aqueles que são felizes mesmo após descobrirem que papai Noel não existe. Outros que ficam desnorteados, tristes ao saberem que não ganharam mais o presente tão certo de fim de ano e outros, que acreditarão pela vida inteira, mesmo depois de grandes que papai Noel existe e talvez eles não sejam loucos, ou sonhadores, talvez papai Noel sempre esteve lá por eles e sempre estará. Quem somos nós afinal pra decidir na casa de quem papai Noel irá passar?!

PS: que fique claro que me refiro ao amor “romântico” e não fraternal e etc.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

É incondicional


Já escrevi tanto sobre caras altamente dispensáveis na minha vida e nesses dias me dei conta que nunca escrevi uma linha sequer sobre quem eu sei que permanecerá a minha vida toda.
É engraçado porque eu escrevia quando estava triste, e quando eu estava triste, era por causa deles, nunca, jamais foi e nem seria por sua causa. Você não é esse tipo de cara.
Não. Você não é.
Você é diferente de todos eles. Você é especial. Você é o MEU especial. Você é a certeza que eu carregarei por toda a minha vida. Você é aquele que eu sei que nunca me trocará por ninguém. E eu nunca te trocarei por ninguém.
Você é aquele que não é o meu motivo central, nunca me traz preocupação. Você é sempre aquele que me traz a paz. Aquele que me acalma. Você é o meu porto-seguro. Você é quem me faz continuar, quem me faz não desistir.
E desistir de você eu não conseguiria nunca. É impossível.
Você é sempre aquele que fica na sua, que não chama muita atenção, que não causa drama a ninguém, nunca faz drama por nada, é sempre aquele equilibrado, o certo. Você é o tipo de cara que as meninas sonham, sonham em casar.
Tanta gente desejaria estar no meu lugar, EU SEI, reconheço toda a sorte que eu tenho por ter a melhor pessoa que eu já conheci, na minha vida. E não é a toa que somos tão importantes um pra o outro.
Somos diferentes, mas você me completa. Você tem tudo aquilo que eu não tenho e nunca terei e eu a mesma coisa. Somos opostos complementares e sei que não acredita, mas o zodíaco diz a mesma coisa. Você é de gêmeos e eu de sagitário e somos opostos complementares. Engraçado não? Mas comigo isso sempre da certo, já acostumei. Com você não poderia ser diferente. É claro, nítido, palpável pra qualquer pessoa o relacionamento que temos.

É o relacionamento que todo mundo sonha em ter. Eu não te cobro nada, nem você a mim, você está sempre na minha mente, em meu coração e sabe que seu lugar NINGUÉM JAMAIS ocupará, você é a minha estrela da sorte. Você é o meu menininho que eu amo abraçar, sentir o cheiro, bagunçar o cabelo, até mesmo xingar e falar mal na sua cara, desdenhar (mas como dizem, quem desdenha quer comprar), que eu amo simplesmente ficar olhando pra você admirando tudo aquilo que eu vejo (você sabe que não é pouca coisa).
Seu sorriso de menino que é tão sincero, seus olhos castanhos que brilham quando eu vejo você olhando pra mim, seu abraço caloroso e tudo aquilo que eu sei que ninguém tira de mim, jamais tirará.
Não precisamos nos provar NADA. Tudo aquilo que você faz por mim, você faz porque você quer, porque você se importa comigo e a mesma coisa eu com você. Não preciso falar com você todos os dias, não preciso dizer que te amo sempre, você SABE. Simplesmente sabe. Mesmo não tendo minhas habilidades eu sei que você vê nos meus olhos o quanto eu te amo e não é pouco não.
Se eu fosse escolher uma palavra pra você, eu escolheria Amor. É pequena, é simples, é o complicado, é o que poucas pessoas sortudas possuem, é o que só quem tem sabe o real valor, é a minha razão de viver, é o que todos buscam ter e não terão.
Eu já tive muitos relacionamentos com muitas pessoas. Relacionamentos diversos com pessoas diversas e mesmo tendo muita coisa pra viver ainda, eu sei que o NOSSO relacionamento é o que as pessoas buscarão a vida toda em ter e muitas não chegarão nem perto disso.
É o incondicional.
Não preciso dizer muito mais.
Eu te amo meu amor, meu amigo, meu irmão, meu companheiro, meu chatinho, meu colega (infelizmente em breve ex), meu porto-seguro.
Te amo hoje e pra sempre.

O meu passado

Cansei. Dizem por ai que um dia a gente cansa não é mesmo? Pois bem, cansei. Cansei de cansar de você. Eu nunca imaginei que fosse possível me sentir assim em relação a você. Nunca imaginei que fosse possível te olhar e não ter nenhuma sensação mais... Como dizer? Apaixonada? Talvez.
Eu amei você. Amo. Acredito que amor não se conjuga no passado. Mas pela primeira vez eu consigo olhar pra você e não pensar nas possibilidades que perdemos, nas possibilidades que poderíamos ser.
Não foi por pouca coisa que passamos. Com você, eu tive milhares de relacionamentos dentro de um só. Você e sua doença de personalidade múltipla me fizeram ter algo único, algo que poucas pessoas podem dizer que tiveram. Eu tive em você vários amantes, vários amores. Em você eu amei vários, amei todas as suas personalidades confusas, irritantes, apaixonantes. Amei até mesmo quando não queria amar. Amei até mesmo os seus defeitos que me incomodavam mais do que qualquer outra coisa.
E eu odiei você. Odiei você com todas as minhas forças. Tudo aquilo que fez, disse, não fez e não disse. Odiei você por ser. Odiei você por também não ser.
Amando ou odiando foi intenso. Foi real. Foi verdadeiro. E nada daquela frase que tanto me irrita “foi eterno enquanto durou”. Nada disso. Com a gente nunca nada foi eterno. Sempre foi o hoje, o agora. O passado.
Nunca, jamais, o futuro. Ou era o passado, ou era o presente. Nunca existiu futuro pra gente. E certos somos nós porque na verdade o amanhã nunca chega, não é mesmo?
O tempo passou que nós malmente percebemos. Eu olho pra você e vejo o mesmo garoto que eu conheci e me apaixonei anos atrás. Você olha pra mim e vê a mesma menininha. Talvez esse fosse o nosso problema. Nos olhar e ver que éramos os mesmos, que nada tinha mudado. Só que, acho, não, não, tenho certeza de que vejo agora o quanto somos diferentes. Eu e você.
Antigamente eu olhava pra você e percebia suas mudanças e elas sempre machucavam, nunca eram mudanças que me agradavam. Só que hoje... Não sei. Acabou.
Se eu te disser que eu vou passar por você na rua e será a mesma coisa que um estranho, estarei mentindo. Você nunca será um qualquer pra mim. Porém tão pouco é o que era.
Passei tanto tempo chorando, pensando, refletindo, escrevendo sobre esse amor que eu sentia por você e valeu a pena. Trouxe-me ótimos frutos como, por exemplo, um livro meu que tenho certeza que algum dia, quando eu o terminar e publicar, será um Best Seller. Um livro que só comecei por sua causa, você, minha maior inspiração. Sempre.
Hoje eu finalmente descobri quem foi o meu primeiro amor, e foi você. O primeiro. Tive várias paixões antes, mas amor, nunca, só você. Você me deu, mesmo que não saiba, o que de melhor poderia me dar, um romance digno de literatura.
Tudo o que passamos, vivemos, sentimos, falamos, é PERFEITO pra um livro. Nossa história tem tudo o que um bom livro de romance tem que ter e nós escrevemos ele juntos. Com toda as nossas duvidas, questionamentos, confianças e desconfianças. Juntos. Sempre juntos.
Jamais conseguimos passar muito tempo um longe do outro, nós sempre voltamos. Você seguia em frente, novas namoradas, novos amores, porém sempre voltava, eu sempre estava na sua vida, você sempre na minha. Nunca conseguimos sair da vida um do outro de vez e não sei se algum dia conseguiremos.
E não importa.
Hoje eu não me incomodo mais de saber com que garota você ficou ou deixou de ficar, ou qual delas você quer ficar. Nem mesmo se uma delas for uma das minhas melhores amigas. Simplesmente... Sei lá. Passou. E eu não lutei pra isso acontecer. Só aconteceu.
Nada mais de sonhar com você. Nada mais de coração disparando quando você fala comigo. Nada mais de sentir vontade de te beijar. Nada mais de sentir vontade de te abraçar. Nada mais de sentir vontade de nada com você.
Quando eu digo nada, é nada mesmo. Nesses termos, você se tornou pra mim o que você sempre desejou que fosse. Que eu te tratasse, te visse, como eu sempre vi todos os demais e é assim que eu te vejo hoje.
Mas garoto, tenha certeza de uma coisa, eu te amei, eu te amei como nunca amei ninguém, eu te amei como duvido que eu vá amar alguém. Com você eu desejei tudo o que eu pude e não pude. Com você eu sonhei ter as mais belas coisas. E também as mais horríveis. Com você eu vivi todos os contos de fada. Todas as lendas urbanas. Todo o folclore. Com você eu fui tudo. Com você eu fui nada.
E hoje eu sorrio, porque nada disso me importa mais, nada disso me faz sofrer, nada disso me traz lagrimas, não de tristeza ao menos, de saudade? Não sei, pode ser.
Você sempre teve pra mim o melhor cheiro do mundo, o melhor abraço do mundo, as palavras mais sábias do mundo, aquele que me reconfortava, aquele me fazia sentir em casa porque eu estava em casa, aquele que provocava no meu corpo os desejos mais loucos, absurdos e intensos. Você era pra mim o mais lindo desse mundo e principalmente o do MEU mundo. Você era o meu tudo. Minha razão pra qualquer coisa. Sem exagero e você sabe disso, no fundo, no fundo, você sabe. E principalmente... Você era MEU. O MEU garoto, o MEU amor, o MEU homem, o MEU colega, o MEU parceiro, o MEU tudo. MEU de corpo e alma. Aquele que mesmo com receio de se envolver demais com alguém, se abriu pra mim, mesmo com medo de que fosse embora no ano seguinte, você se abriu. Confiou em mim, eu confiei em você. Nunca fui tanto de alguém como fui sua. Nunca me entreguei tanto a alguém quanto a você. Nunca me permiti tanto quanto me permiti com você. O meu garoto, o meu menino, o meu homem. O meu... Hahahaha, acho que você sabe, não coloco aqui, pois ficaria obvio demais e você não gosta de se expor, não farei isso então. Na verdade, você sempre foi aquele que mexeu comigo mais do que qualquer outra coisa. Mais do que qualquer outra pessoa.
Obrigada garoto, por ter sido o meu garoto enquanto pode. Obrigada garoto, por ter me feito sua enquanto pode. Obrigada, obrigada e obrigada.
Acho que eu posso resumir o meu passado, os meus medos, os meus traumas, as minhas maiores felicidades em apenas um nome: no seu. Mas é isso ai...
Eu estou seguindo minha vida, você a sua. NÓS estamos seguindo a nossa vida. E eu acho que essa é a ultima vez que eu usarei esse pronome pra designar a nós dois.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Amigas são pra essas coisas


Estou com medo. De que? Não sei. Como assim não sabe? Não sei. Mas você tem que saber, se não souber, não posso ajudar. Acho que tenho medo porque nunca me senti assim antes. Assim como? Assim. Se você não falar, não posso ajudar. Desculpe, as palavras fugiram. Tudo bem, apenas tente. Ta. E? E o que? Como você se sente? Feliz. E desde quando felicidade traz medo? A mim traz, eu acho. Você é doida. É, eu sei. Só isso que vai dizer? E o que mais eu posso falar? Que tal me responder sem fazer uma pergunta? Você está fazendo a mesma coisa. Certo, paremos então. Ta. Ta. Não vai dizer mais nada? Estou esperando você falar. Eu não sei o que dizer. Nem eu. Hum. Dois. Não faz isso. Desculpe, mas não sei mesmo como lidar com isso se você não disser qual o problema. Acho que estou apaixonada. Sério? É. Mais que ótimo! Não. Não? Não. Como não? Não. Faz muito tempo que não vejo você assim. É, eu também. Isso é ótimo! Não é, eu não quero. Não acho que você possa escolher. Eu sei e odeio isso. Quem é o cara? Ele. Ele quem? Ele. Não ajudou, eu me perco nos seus ‘eles’. As vezes até eu me perco. Nome? Hum, posso pular a pergunta? Não. Droga. To esperando você me dizer o nome dele. Acho que não quero dizer o nome dele. Por que não? Porque vai tornar mais real. E não é real o suficiente pra você? Acho que ainda não. Ele sabe? Não sei, acho que sabe. Acha? Acho, eu falei pra ele, mas não sei se ele realmente entendeu. Homens. Pois é. E o que você vai fazer? O que eu posso fazer? Não sei, que tal ir atrás dele? Não corro atrás de homem, você sabe. Sei. Pois é. Mas você gosta dele. E? E que você gosta dele. Já gostei de outros antes. Já, e você correu atrás, lembra? Lembro. Então. Mas também lembro que quebrei minha cara. Verdade, mas você não pode viver com medo. Não, não posso. Então, vai atrás dele. Não posso. Logico que pode. Não, não posso. Ele é casado? Não. Tem namorada? Não. Então, qual o problema? Justamente esse, ele é disponível. Até onde eu saiba, isso não é problema. É pra mim. Por que é pra você? Porque eu sou eu, você sabe. Você como? Sou problemática. Normal, toda mulher é. Eu sou mais. Como você pode ser mais? Sou escritora. E? Isso me torna automática mais dramática do que qualquer outra. Verdade. Pois é. Mas então você vai ficar ai sentada sem fazer nada? Não. O que você vai fazer? Ainda não sei. Devia ir atrás dele. Tenho medo. Medo de que exatamente? De me envolver com ele a ponto de não querer mais perder. Isso todo mundo tem. Mas é pior pra mim. Por que é pior pra você? Porque ele me inspira. E? E, como assim ‘e’? E daí que ele te inspira? Não posso jogar minha inspiração ao vento, não posso deixar ele ir embora. Não lutar por ele não é deixar ele ir embora? Não. Não? Não. Hum. Se as coisas continuarem do jeito que estão, não haverá problemas. O medo então é de mudar? Por ai. Todo mundo tem. Comigo é pior. Por que você fica repetindo isso? Porque é a verdade. Dramática. Escritora. To começando a achar que da no mesmo. De fato, da mesmo. Mas e ai, o que você vai fazer? Se eu soubesse estaria dormindo e sonhando tranquilamente. Mas você fará algo? Devo? Não sei. É, nem eu. Situação complicada. Muita. Nunca vi você tão assim antes. Assim como? Assim. Define. Quem tem o dom com as palavras aqui é você, não eu. Não custa tentar. Menos garota, mais mulher. Isso é bom? Acho que sim. Que bom. É, acho que seu olhar mudou. Mudou? É. Mudou como? Tem um brilho diferente nele. Vai ver é a luz. Duvido que seja. Eu não. Para de lutar contra. Não consigo. Devia. Eu sei. Então pára. (silêncio). Eu o conheço? Não sei. Já me falou dele? Já. Muito ou pouco? Muito. Hum, me da mais pistas. Não. Ta, sua chata. Sorry baby. E agora? Não sei. Que olhar é esse? O de quem acaba de ter uma excelente ideia pra um texto. Sobre ele? Definitivamente. Nossa, pelo visto ele te inspira mesmo. Você nem faz ideia. Uau. Pois é, tchau, to indo. Vai embora agora? Vou escrever. Mas já? É, senão perco o raciocínio. Ta bom, va la, tchau. Tchau. Depois me mostra o texto? Claro. Mostrará pra ele? Não sei. Hum. Cada coisa a seu tempo. Ele tem sorte. Por que? Queria eu ser a musa de alguém. Não é uma relação fácil. Por que não? Sei lá. Hum. Tchau, tenho mesmo que ir. Ta bom, mas me mostra depois o texto. Mostro sim. Então tchau. Obrigada. De que? Por me ouvir. Que nada, amigas são pra essas coisas.