sábado, 21 de agosto de 2010

A GRANDE POTÊNCIA

Saturno sempre foi um planeta por todos admirado. Não só pelos seus belíssimos anéis, mais também pelas características de seu povo. Ao contrário dos outros planetas Saturno não possui uma família real. Todos são iguais por direito, ninguém é privilegiado por nascimento ou por quem foram seus pais. Cada Saturniano deve fazer por merecer se quiser algum prestígio entre os mesmos.
Os Saturnianos são muito diferentes de qualquer outro povo que já tenha existido. Apesar de serem fisicamente parecidos com os humanos, ou marcianos, não se parecem nada com eles. Saturnianos não são levados por emoções, não necessitam respirar, não possuem um órgão que os mantêm vivos e muito menos têm necessidades fisiológicas.
São extremamente rápidos e são capazes de se tele transportar e possuem tele cinese, o que lhes permitiu ganharem tantas batalhas. Assim como seu clima, os Saturnianos são extremamente frios e mantêm contatos praticamente profissionais. Certamente existem aqueles que mantêm relações amorosas, mas não é como com os humanos. Essas relações são apenas para manterem a existência de sua raça, que é considerada por eles, uma raça superior.
De época em época os Saturnianos ganham um grande líder, aquele a quem comanda todo o exército. Porém esse cargo é ganho e muito difícil de ser conquistado. Não é de qualquer um que eles aceitam ordens. Já houve épocas em que não tiveram líder algum, o que os tornou fracos em frente a outros povos.
Na época da grande guerra, tiveram o maior líder de todos os tempos. Pátrir Surtik.
Pátrir desde cedo aprendeu a se virar sozinho, pois toda sua família era constituída de guerreiros e todos morreram em guerras, lutando. Perdeu seus pais e seu irmão mais velho numa mesma guerra, quando tinha nove anos. Desde então tem um firme pensamento: acabar com as guerras.
Pátrir começou a estudar e aprender a manejar armas muito precocemente, pois queria ajudar seu povo. Não queria que ninguém mais passasse pelo o que ele passou. Sempre fora muito fechado, sem amigos. Era o melhor aluno de sua turma, o mais querido pelos professores. Todos o temiam e o admiravam. Todas as mulheres certamente o desejavam bastante, mas ele nunca quis ter nada com ninguém. Ao contrario da maioria, ele não queria uma família. “Família pra quê?” sempre pensava. Não, nada de família, família para ele é todo seu povo.
Como sempre fora muito dedicado, não demorou muito a conseguir no lugar ao qual sempre quis o Grão - Líder dos Saturnianos. O que, é claro, ninguém se surpreendeu e muitos já esperavam até.
***
A Lua sempre fora um local ao qual ele gostou muito. Inclusive, sua mãe sempre sonhara em ir para lá. Esse era um território ao qual ele gostaria certamente de conquistar, não só em memória a sua mãe, mas como também seria algo muito bom para seu povo. Porém para obter um território tão precioso, uma guerra seria necessária.
Além dos poderosos Saturnianos, Marte também era uma potência. Com capacidades mais limitadas que os Saturnianos, porém extremamente inteligentes e bons de combate. Os Marcianos também desejavam muito aquelas terras, não só eles é claro, mas eram os únicos capazes de lutar contra os Saturnianos e ganhar.
- Capitão! Capitão! O mensageiro chegou com boas noticias. – disse entusiasmadamente seu assistente.
- Ótimo. Mande-o entrar. – respondeu calmamente o Pátrir. Ele é claro já imaginava qual seria a “boa nova”. Tinha decidido na semana passada que iria atacar primeiro. É melhor do que esperar desprevenido. Essa guerra fora adiada há tempos demais, o tempo estava passando. Havia mandado atacarem as bases mais fortes de Marte, que estavam já instaladas na lua.
- Senhor... – disse o mensageiro fazendo uma reverencia para o Pátrir.
- Levante-se e me diga: quais as novas?
- Já atacamos as bases deles. As noticias deverão está chegando ainda hoje nos ouvidos das autoridades de lá. Logo, logo começará finalmente a guerra.
- Certo. – respondeu sem entusiasmo. – Comecemos os preparativos então, quero nossas linhas de frente 1,8 e 6 lá. Serão os primeiros a chegar. Depois direi quem irá. E outra coisa, não fiquem felizes com esta guerra. Comecei-a sim, mas era inevitável e todos sabíamos disso. Mais tarde irei falar com todos... Por hora, aproveitem seus últimos momentos, quem sabe.

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