sábado, 21 de agosto de 2010

Nem tudo é como parece...

Pátrir levou a Grã-Princesa Endra para seus aposentos. Era sem duvidas o melhor cômodo de sua casa, não tinha lugar em que ficaria mais bem acomodada. Pátrir bem que poderia ter mandado outros cuidarem dela, porém queria fazer isso pessoalmente.
Pátrir pegou Endra em seus braços e pode ver que era tão leve quanto um travesseiro. Ele a deitou em sua cama e ficou olhando para ela. Seus cabelos que antes estavam negros agora estavam quase roxos. A princesa não usava mais a roupa da guerra, Pátrir havia mandado que lhe trocassem a roupa. A princesa descansava em paz.
Pátrir sentou em sua cama ao lado do corpo da princesa e começou a cuidar dos ferimentos dela. Quanto mais ele limpava os ferimentos dela, mais claro o cabelo da princesa ia ficando, primeiro para um lilás e depois para um rosa bebê.
“Quem é você?” disse a princesa quando acordou meio rapidamente após estar dormindo dois dias inteiros.
“Não sabe mesmo quem sou?” ele riu. Como podia não saber? Ela devia saber. Quando soubesse provavelmente se jogaria nos braços dele e iria querer ser a esposa e mãe dos filhos dele. Ele certamente já esperava por isso, era o que todas queriam. Infelizmente durou pouco o deleite dele em relação a esta jovem, pois agora ela enxeria o saco para casar-se com ele. “Talvez seja à hora de voltar à guerra Pátrir” ele pensou. Estava a quase cinco dias afastado e sem noticias, não poderia ficar assim.
“Não. Não sei quem é você, porém seu rosto não me é estranho...” disse tossindo um pouco. A princesa jurava ter visto aqueles olhos vermelhos cor de sangue em algum lugar antes. Não apenas os olhos desse jovem em sua frente eram vermelhos como também seus cabelos eram cor de bronze. Certamente com esses olhos ele não era de seu planeta. Porém não era nisso que ela pensava naquele momento e sim no quão lindo era o tal jovem desconhecido.
“Meu rosto não lhe é estranho?” certo agora ela sabe quem sou, pensou. A jovem estava demorando pra achar a resposta. Talvez fosse melhor acabar com joguinhos e dizer logo quem ele era.
“Meu nome é Pátrir Surtik” ele disse sorrindo e ficou esperando ela se jogar em seus braços ou dar em cima dele. Porém ela reagiu de forma completamente oposta.
“Nome estranho o seu. Bem incomum mesmo hein? Seus pais eram estrangeiros? E aqui está muito frio. Não pode fechar as janelas?” ele confuso e completamente desnorteado pela reação da moça foi fechar as janelas.
“Ela não me conhece!” ele não achava que isso fosse possível, até bonequinhos com sua aparência haviam feito e crianças aprendiam a sua importância na escola, no entanto esta jovem... Nunca tinha ouvido falar sobre ele e ainda chamou seu nome de estranho. “Ela que é a estranha por não saber quem sou. Em que planeta ela pensa que vive? Como não pode saber quem é o líder de seu próprio planeta?” certamente uma alienada.
“Obrigada” respondeu sorrindo a princesa. Ela não sabia como tinha vindo parar aqui, mas sabia que logo estaria em casa. Isso nem era um pensamento tranqüilizador. Pelo ao contrario, agora que a guerra havia começado a pressão em cima dela tinha tendência a se tornar pior e ela não queria enfrentar seus pais e muito menos Jink, por mais gentil que ele fosse.
O estranho jovem de olhos vermelhos estava de costas para ela e sem camisa. Ela não pode deixar de notar o quão bem definido era o corpo dele. Ele era tão incrivelmente branco, muito mais que ela. Ele tinha um corpo muito mais forte do que o do Jink, ela constatou. Provavelmente essa deve ser a diferença entre um que comanda e o que luta na guerra realmente, apesar do Jink realmente lutar também. Ele só... Lidera mais que luta.
Do nada o tal do Pátrir olhou para ela em seus olhos e ficou a olhando durante um tempo cheio de duvidas. “Quem era ela?” tinha até medo de perguntar e perceber que estava delirando. Não pegaria bem pra sua reputação.
Apesar de já ter fechado as janelas a moça continuava com muito frio, ele percebeu. Na verdade ao se aproximar dela ele percebeu que o corpo dela estava muito gelado. “Como ela ainda não se acostumou ao clima? Será que ela está doente? Só assim para estar com tanto frio, nem está tão frio assim. Está até meio quente, eu mesmo estou suando quase”. A jovem realmente o intrigava.
“Ainda com frio?” perguntou surpreso.
“Sim, morrendo de frio” ela disse batendo os dentes.
Pátrir em uma atitude de cavalheiro deitou-se ao lado da jovem para aquecê-la com seu corpo. A princesa ficou surpresa por ter deitada com ela, e tão perto, outro cara que não o seu cara. O corpo deste jovem era realmente quente, como ele poderia estar tão quente nesse frio é que ela não sabia. Ele ao contrario dela estava totalmente à vontade. Ele ficou tão perto que ela podia sentir o cheiro dele, ele tinha um cheiro bom.
Pátrir estava observando os cabelos dela que com a aproximação do seu corpo estavam passando para um amarelo alaranjado. Depois de olhar nos olhos da estranha moça seu corpo pareceu ganhar vida própria.
Aparentemente não só o seu como o dela também, se atraíam como diferentes pólos em um campo eletromagnético. Quando se deram conta estavam um nos braços do outro, totalmente entregues aos prazeres carnais.

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