sábado, 21 de agosto de 2010

O fim?

Não tinha como arranjar sangue de um mestiço a tempo de abrir a cápsula. Totalmente sem chances. Agora uma decisão precisava ser tomada... Avisar ou não avisar a todos que chegara o fim? Pátrir optou por avisar a todos. “É mais justo eles saberem que vão morrer” ele pensou.
Mandou chamar todos os jornais locais mais perto e o mais rápido possível para tentar avisar a todo mundo.
“Surtik...” uma voz masculina o chamou tirando de seus pensamentos. Não era uma voz conhecida. Quem ousaria entrar com essa voz de comando com ele?
“Pátrir, ande logo!” uma voz feminina ecoou no salão logo após. Essa voz era conhecida. Como ele poderia esquecer? Jamais. Essa voz era tão harmoniosa quanto uma orquestra sinfônica.
Pátrir então se virou e viu que estava Jink ao lado de Endra. Mas ela não estava normal. Ela parecia péssima e Jink estava ao seu lado a aparando.
“Não me olhe assim!” disse Endra indignada. Ela realmente não havia gostado. Sabia que devia estar com uma aparência péssima. Mas fazer o que? Estava em trabalho de parto!
“Surtik... O bebê vai nascer. Precisamos levá-la para um hospital o mais rápido possível!”. Isso fez Pátrir rir. Hospital? Só podia ser marciano mesmo. Nenhum saturniano vai a hospital. Nenhum deles precisam. Se recuperam com incrível rapidez e todos sabem o necessário de primeiro socorros.
“Não temos hospitais aqui” disse calmamente ainda curtindo sua piada particular.
“NÃO TEM? COMO ASSIM NÃO TEM? SÃO LOUCOS?” agora Jink tinha surtado. Seu filho ia morrer por falta de atendimento médico? Não podia ser. Não podia. Isso não estava acontecendo. Essa criança tinha que nascer. Com certeza seria a criança da profecia.
“Acalme-se. Não, não temos hospitais” disse de novo. “Leve sua mulher para minha cama. Eu irei fazer o parto” ele completou. Fez questão de dá ênfase a palavras como “sua mulher” e “eu”.
“Você?” Endra não pode evitar desdenhar. Um guerreiro fazendo um parto? Isso não era possível. Ainda mais um tão incrivelmente sexy. Isso era desconcertante. Quer dizer, seria se ela já não fosse comprometida. Não importava se o cara era bonito ou não. Ela tinha um marido. E o amava.
“Sim” Pátrir respondeu imediatamente. O desdém o tinha ofendido. “Irei sim. Mande seu marido levá-la pra minha cama. Já irei logo em seguida” respondeu e se retirou.
“Ele?” ela disse quando Pátrir saiu.
“Temos escolha?” Jink respondeu preocupado e fez o que Pátrir mandou.

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